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A mudança estratégica da Victoria Secrets

A grife de lingeries e produtos de beleza Victoria’s Secret marcou época na moda e na cultura pop ao redor do mundo ao longo dos anos. Em 2007, foi a primeira empresa a ganhar uma estrela na calçada da fama de Hollywwod.


Quem não se lembra dos desfiles anuais com supermodelos, conhecidas como “Angels”, que usavam asas e exibiam lingeries que custavam uma fortuna?


Gisele Bundchen, Izabel Goulart, Naomi Campbell e Adriana Lima são alguns dos nomes que participaram desses megaeventos e estabeleceram um padrão de beleza que reinou durante muito tempo e influenciou diversas gerações.


O rosto da Victoria’s Secret sempre foi predominantemente branco e o corpo, extremamente magro, o que foi propagado pela mídia e aceito durante várias décadas.


Além disso, seu viés era marcado pelo uso do corpo feminino para satisfazer o desejo masculino, ou seja, a ideia era que a mulher deveria comprar lingeries para agradar os homens, fato que passou a ser muito criticado pelas consumidoras.





Declínio


No entanto, a marca cometeu o erro de ignorar as vozes que pediam uma maior diversidade estética e continuou apostando no apelo sexual de mulheres magérrimas.


O público feminino não se sentia mais representado pelo padrão de beleza das “Angels”, afinal, a maioria das mulheres não possuía o mesmo tipo físico das modelos e não encontrava uma lingerie que se adequasse ao seu corpo.


Começava, então, o declínio de um império. Em 2019, a participação da empresa no mercado de lingeries já havia caído de 34% para 19%. Além disso, acumulava um prejuízo 252 milhões de dólares e uma ameaça real de falência.


Denúncias de uma cultura de assédio sexual na marca haviam sido feitas pelo jornal "New York Times" e confirmadas por modelos e funcionários.





Reposionamento


Em razão das pressões por maior representatividade, a Victoria´s Secret decidiu deixar de lado o apelo sexual e os estereótipos para apostar na diversidade de corpos e no empoderamento das mulheres que lutam por igualdade de direitos.


A principal mudança é a troca das seminuas “Angels” por embaixadoras, papel exercido por mulheres de diversos tipos de corpos, origens, etnias, empregos, orientações sexuais, gênero e com papeis relevantes na sociedade.


Elas vão aparecer em anúncios, realizar as divulgações em redes sociais e aconselhar a Victoria’s Secret sobre a criação de novos produtos e como dever ser o diálogo com o público.





Novos rostos para a marca


Como parte de uma mudança estratégica, as mulheres que representam a empresa vão deixar de se chamar “Angels” para serem conhecidas como “Collective”.


As porta-vozes são: Megan Rapinoe, jogadora de futebol dos EUA; Priyanka Chopra, atriz indiana; Valentina Sampaio, primeira modelo transexual a desfilar pela Victoria's Secret; e Eileen Gu, esquiador de ascendência asiática.


Completam a lista Paloma Elsesser, modelo de manequim 48 e capa da Vogue; Adut Akech, modelo sudanesa; e Amanda de Cadenet, jornalista que vai apresentar uma série de dez episódios sobre as novas estrelas da marca.


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